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Covariância e correlação

Se você é estudante, professor ou pesquisador você está no lugar certo. Hoje, vamos mergulhar em um conceito fundamental: covariância e correlação.

Na análise de dados, entender a relação entre variáveis é essencial. No entanto, como podemos medir essa relação de forma eficaz e precisa?

É aqui que a covariância e a correlação entram em cena.

Neste post, traduzimos conceitos complexos em uma linguagem acessível, fornecendo uma visão abrangente e intuitiva sobre covariância e correlação.

E não se preocupe se você não é um especialista em matemática – estamos aqui para tornar esses tópicos compreensíveis.

Então, prepare-se para explorar como essas ferramentas estatísticas podem ajudá-lo a entender melhor as relações entre variáveis em seus dados e, consequentemente, a aprimorar sua prática e pesquisa na área da saúde. Vamos começar!

Covariância

Covariância é uma medida estatística que indica o grau em que duas variáveis estão linearmente relacionadas.

Ela apenas captura a direção da relação linear entre duas variáveis, em vez da extensão em que estão relacionadas entre si, porque a magnitude da covariância sozinha não fornece uma medida padronizada de associação.

Em termos mais simples, ela não compartilha nenhuma informação sobre quanto a mudança acontecerá. Ela apenas fala sobre a direção da mudança.

Covariância positiva indica que ambas as variáveis se movem juntas, negativa indica que se movem de forma oposta, e próximo de zero significa pouca relação linear.

Uma vez que a covariância sozinha não fornece uma medida padronizada para comparar relacionamentos em diferentes conjuntos de dados.

Para esse fim, é calculada a correlação.

Correlação

Correlação é uma medida estatística que quantifica tanto a força quanto a direção da relação linear entre duas variáveis.

A correlação padroniza a medida de associação, normalizando a covariância dividindo-a pelo produto do desvio padrão delas e retorna um valor variando de -1 a +1.

Isso permite a comparação da força do relacionamento entre variáveis em uma escala padronizada que anteriormente não era possível com a covariância.

O conceito de correlação foi desenvolvido e formalizado por Karl Pearson, um matemático britânico e bioestatístico. Portanto, esse método também é chamado de coeficiente de correlação de Pearson, frequentemente denotado como “r”.

Durante o cálculo da Covariância, a variabilidade conjunta fazendo um produto de seus desvios. Esse produto introduz a variabilidade na covariância.

Portanto, dividir a covariância pelo produto dos desvios padrão reduz a covariância por uma medida da dispersão de cada variável e retorna um valor normalizado, o que é nada mais do que um processo de normalização.

O processo de normalização garante que o valor resultante da correlação esteja dentro da faixa de -1 a 1 e seja uma quantidade adimensional independente das unidades de medida das variáveis X e Y.

Um coeficiente de correlação positivo sugere que as variáveis tendem a aumentar juntas, enquanto um coeficiente negativo indica uma relação inversa.

Quanto mais próximo o coeficiente de correlação estiver de -1 ou +1, mais forte é a relação linear entre as variáveis. Um coeficiente de correlação próximo de 0 indica pouca ou nenhuma relação linear.

Conclusão

Neste post exploramos dois conceitos essenciais na análise de dados: covariância e correlação.

A covariância nos permite entender a variabilidade conjunta entre duas variáveis, enquanto a correlação nos fornece uma medida padronizada da força e direção dessa relação.

Ao compreender esses conceitos, você não apenas aumenta seu repertório teórico, mas também pode colocar essas aplicações em prática em suas análises.

É importante lembrar que a covariância e a correlação não são medidas definitivas de causalidade, mas sim ferramentas poderosas para explorar e entender as relações entre variáveis.

Ao aplicar esses conceitos de forma crítica e contextualizada, podemos utilizar os dados de forma mais eficaz para impulsionar avanços nas diversas áreas do conhecimento.

Portanto, encorajamos você a continuar explorando e aplicando esses conhecimentos em suas próprias análises de dados, buscando sempre expandir sua compreensão e habilidades na interpretação de dados.

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BRUNO FIGUEIREDO DAMÁSIO

Sou Psicólogo, mestre e doutor em Psicologia. Venho me dedicando à Psicometria desde 2007.

Fui professor e chefe do Departamento de Psicometria da UFRJ durante os anos de 2013 a 2020. Fui editor-chefe da revista Trends in Psychology, da Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP) eEditor-Associado da Spanish Journal of Psychology, na sub-seção Psicometri e Métodos Quantitativos.

Tenho mais de 50 artigos publicados e mais de 3000 citações, nas melhores revistas nacionais e internacionais. Atualmente, me dedico a formação de novos pesquisadores, através da Psicometria Online Academy. Minha missão é ampliar a formação em Psicometria no Brasil e lhe auxiliar a conquistar os seus objetivos profissionais.

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